Minha solidão.

- Você me ama?
- É difícil responder.
- Por quê?
- Porque eu acho que não sei amar.
- Como não?
- Já te feriram uma vez?
- Sim.
- E o que você fez?
- Retomei a minha vida.
- É por isso.
- Isso o que?
- Eu não sei como retomar.
- Posso te ajudar se quiser.
- (Silêncio)
- Me dê sua mão.
- Para que?
- Apenas sinta como meu coração bate perto de você.
- Hmmm.
- Isso não te interessa?
- Ultimamente nada me interessa.
- O que posso fazer para mudar isso?
- Nada.
- Nada?
- É, absolutamente nada. Esse é o meu mundo e por incrível que pareça eu gosto dele.
- Você e sua solidão.
- Exatamente. Eu e minha solidão. E é somente isso que eu preciso.
- (Silêncio).

Esse é o fim...

- Foi bom enquanto durou.
- Então quer dizer que esse é o fim?
- É eu acho que sim.
- Mesmo?
- Mesmo.
- E como vou viver sem você?
- Ora. Não me faça perguntas idiotas garota... Do mesmo jeito que viveu antes.
- Tudo antes de você era triste... Da mesma maneira que será agora.
- Que pena pra você. Haha
- É... Uma pena.
- Você esta bem?
- Como posso estar bem? Eu não sei viver sem você...
- Terá de aprender... Eu não posso continuar com você apenas por sentir pena.
- É isso que você sente por mim? Pena?
- Eu te disse pra não fazer perguntas idiotas... haha
- Você nunca me amou?
- (Silêncio)
- (Chorando)
- Quem se preocupa demais com a felicidade do outro deixa a própria passar despercebida.
- Adeus.
- Adeus.
(Silêncio eterno)
- FIM.

A melhor parte de mim.

Não.
Eu não quero e nem sei viver longe de você.
Não eu não quero dizer nem adeus nem até logo.
Eu quero você aqui.
Comigo.
Hoje.
Amanhã.
Sempre.
Eu e você.
Em todos os dias de nossas vidas.
E que assim seja.
Sempre e sempre.
Desculpe-me pela forma como te tratei, da forma que falei contigo...
Eu não sou perfeita... Tenho tantos defeitos e você sabe de cada um deles.
É impossível tentar retomar minha vida se você não estiver presente...
Pode parecer clichê... Mas você sabe que sou incompleta sem você.
Falem, pensem, digam, achem o que quiser... Mas eu não vou deixar ninguém no mundo nos separar.
Eu sei que isso tudo é de verdade e que não vai morrer...
Eu te amo.
Você esteve comigo em todos os momentos.
Nos tristes.
Nos alegres.
Você fez parte de uma boa parte de minha vida.
Mesmo estando longe sempre conseguiu estar presente.
Sempre conseguiu fazer com que eu te levasse dentro do peito.
Na alma.
Na cabeça.
Nas memórias.
No coração.
Minha melhor amiga.
A irmã que não tive.
Perdoa-me.
Eu preciso de você.
Não se perca de mim.
Que eu nunca me perderei de você.
Somos unha e carne.
Amor além da vida.
Amizade eterna sim!
Eu faço tudo por você e você tudo por mim.
Volta?
Sim?
Eu amo você!
Minha Beca Meleca ♥

O principal fica sempre protegido. Entre parênteses ou dentro do peito.

Me diz tanto que nem sei como não tem meu nome.

O cachorro late no portão
e tenta desesperadamente
passar algo além do focinho.
Ele quer sair
e mijar nos postes
com os outros cachorros.
Mas ninguém entende.
Ele pertence aos donos do portão.
Então ele grita.
Acham que ele é bravo.
Ele grita mais.
Acham que ele incomoda.
Aí jogam água
e além de puto ele sente frio.
Pensam em adestrar
no Método Ludovico
mas sabem que no fundo
ele será sempre o mesmo cachorro.
Então, numa certa noite,
cortam suas bolas.
E o cachorro não late mais.
Não quer mais gritar.
Não quer mais sair do portão.
Não quer mais ver os amigos
nem mijar nos postes.
Só quer ficar velho,
doente e acabar logo com isso.
Soa familiar?
Você deve ter visto algum cachorro desses
em algum espelho por aí
ou em qualquer reflexo de vitrine.
Pois é…
Agora o portão fica aberto
e o cachorro olha pra rua
sem vontade de sair
nem de latir.

(Nenê Altro)

É Sr Altro como sempre escrevendo coisas que se encaixam perfeitamente com o que estou sentindo.

Soa familiar sim.

Muito familiar, aliás.

Haha ;*